POEMA VII
Gosto de estar a teu lado,
Sem brilho.
Tua presença é uma carne de peixe,
De resistência mansa e de um branco
Ecoando azuis profundos.
Eu tenho liberdade em ti.
Anoiteço feito um bairro,
Sem brilho algum.
Estamos no interior duma asa
Que fechou.
Mário de Andrade,
"Poemas da Amiga", 1929-1930.


2 Comments:
eu gostei dessa seqüênncia poética: desde "apoteose" (preto e branco, céu cinza), "marinha" (negro e azul) e esta última do mário (branco e azul... e barro). sami, teu olhar, mesmo no encadeamento, não deixa de ser poético. muito legal!
abraços frinchísticos.
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