domingo, maio 28, 2006

POESIA


Gosto de abraçar a rocha
e beber o risco quente do sol


Meu interior é uma gruta
forrada de musgos coloridos

Tenho a liberdade da pedra

Vivo das protuberâncias, reentrâncias
obscuridades

E preencho de estalidos, pingos
meu oco

A matéria negra de um absoluto
moldável

Aqui me concentro

Um fóssil marca o futuro

Sou um bicho rastejante
de tristeza selvagem

Minha gruta é uma trinca do universo





samira feldman marzochi

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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sexta-feira, 21 julho, 2006  

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